quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Palavras eternas

Escrevi uma carta que nunca chegará ao seu destinatário
Escolhi as palavras mais agradáveis para tentar amenizar aquilo que julguei como verdade
Não se trata de uma carta de amor
Se tratá justamente da falta
Já transcrita, será eterna
E eu, que dei eternidade a palavras, estou sujeito a qualquer fim
Injusto? Sim.
Em algum momento foram verdadeiras
Mas o remetente está sujeito a mudanças
E a qualquer segundo no tempo a carta poderá tornar-se mentira
Somos os mesmos mudando a vida toda
Ou somos muitos a vida inteira
Não sei, não tenho certeza de nada
Apenas acho, acho que sou
Um momento instável, talvez
Não digo que ter certeza é algo incerto
Quem sou eu para afirmar algo? Quem são vocês?

Jeniffer M.

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