domingo, 24 de abril de 2011

Com uma caneta em mãos

Encaro estas linhas ainda vazias
Procurando nesta grande variação do nada,
Palavras.
Mas é encarando-te linha vazia
Que consigo encontrar-me
Função esta que nenhum espelho seria capaz.

Jeniffer M.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Eu poderia conseguir?

Eu poderia guardar para você as mais desejadas formas de deleites.
Eu poderias dizer que te amo, mas isto não seria do meu feitio.
Quem disse que eu conseguiria? Nem ao menos eu mesmo sei.
Agora me perco em futilidades e me salvo na ilusão,
Ou não...

Jeniffer M.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Rimas

Dispenso rimas de meus versos pois estas só causam excesso.
Dizem que não são verdadeiras e não rimam para nós
Então de que vale rimar palavras quando a vida não rima para você?
Vale ter a chance de tentar fazê-la rimar.

Jeniffer M.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Minhas palavras

Minhas palavras de pouco valem quando não são posteriormente ditas a quem lhes foi dirigida, ou seja, sempre.

Jeniffer M.

domingo, 3 de abril de 2011

Passo todo dia em frente a uma rua e lembro todo dia de uma noite nessa rua

Era noite mas não fazia frio, pelo contrário, sentíamos calor. As pessoas se divertiam e confraternizavam sem motivo aparente. Era possível ouvir gritos que rasgavam a solidão, mas não pense em gritos agonizantes, eram gritos de liberdade. Casos formavam-se em meio a multidão onde a única regra era SENTIR. Variávamos entre o tudo e o nada, difícil saber se eramos anjos invadindo o inferno ou se eramos demônios festejando no paraíso.
Em meio a tudo isso, o tempo se encarregou de passar e perante tal desafio os grupos foram se dispersando, aliás, estão até hoje. Mas nós eramos fortes no instante em que permanecíamos juntos. As circunstâncias nos arrastaram para uma rua, passamos por lá, conversando e próximos. Nada de mais.
No presente, a rua esta clara e me faz sentir frio. Não sei porque, mas ao passar em frente a essa rua, passo em frente a uma noite feliz do passado onde desconhecíamos nossa própria felicidade. Uma noite seria capaz de fazer-se presente em minha memória por todos os outros dias enquanto eu existir?!

Jeniffer M.

Vamos jogar

Ingratidão. Desdenho. Maldade. Mentira. Ilusão. Escolha seu personagem.
Vamos envolver pessoas no nosso jogo possessivo
Vamos iludi-las com falsas palavras
Vamos inflar nosso ego para nos satisfazermos
Vamos assistir de camarote a desgraça que causarmos
Vamos rir sobre lágrimas
Não vamos ligar para o que elas sentem
Aliás, quem sofrerá não seremos nós
Pois somos fúteis
Nem felizes, nem tristes
E não queremos evitar, queremos causar.

Jeniffer M.