domingo, 8 de julho de 2012

Absorta Sem Versado

Vislumbrei-o... 


Imergindo em pensamentos nupérrimos,
Abjurei-os acobardada em anuir-me 
Tênue disposição instintiva ao ardor.

Abalroou-se...



A discrepância entre o que eu digo e o que eu sou,
Em divergências de sentimentos verossímeis
Me aturdia, me enlevava.

Restringi-me...

Alheia ao que nos cingia, me encontrava 

Embevecida no que confessar-lhe-ia
Tácita alardeando um sorriso delator.

Sucumbirei-me...

Às venturas incertas com um sonhador,
Às novas futuras vicissitudes, onde apenas 
O desfecho revelará uma possível inocuidade?

Mas talvez...

Não incorresse tamanha contrariedade
Caso eu fosse meramente e nada mais do que eu.

- Deixe de pensar, viva!
Ora, mas já não vivo absorta e sem versado?


Jeniffer M.

domingo, 1 de julho de 2012

Bardo ou bárbaro

Como um golpe de adobe lançado contra a parte dela ainda adormecida
Até então desconhecida,
Adornou-se o antigo silêncio com pensamentos de um possível amor cortês 
E com toques de imparcialidade, conheceu a beleza desejada por uns
Temida por outros e repugnante para a tal.
O que era certo e imutável, baqueou-se
Ao instante em que vivia entre barbárie, poesia e melodia 
Questionou-o, és um bardo ou um bárbaro?
Mas não quis saber, entregou-se.

Jeniffer M.