quinta-feira, 16 de junho de 2011

Libertino

Eu, que era um virgem de vida
Fui desiludido ainda menino
Jogado ao mundo do qual só ouvia falar
Acostumei-me a desgraça
Diziam que era reles
Impuro e negligente
Julgavam as pessoas
Enojavam os viciados
Mas embriaguei-me nas esquinas
Sorri, achando graça
Pois havia eu me libertado
E descobri, há tanta beleza na sarjeta
Agora, sou fútil como todo mundo
Que comemora sem motivos
Podendo deleitar-me cada noite
Com tipos diferentes de gente
Corretos me julgam a toda hora
E eu encarecidamente lhes peço
Deem ordem a este mundo
Só assim causaremos desordem.

Jeniffer M.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Sem pudor, sem amor

Acordei cuspindo sangue por entre dentes carcomidos
Eu que sempre fui convalescente
Agora tenho a alma doente.
Vomitei verdades no café da manhã
Por que não me matas?
Arranque-me este coração em balbúrdia.
Embriaguei-me então
Agora desconheço os motivos que provem que estou vivo
E com desenvoltura caminho perdido.
Imergi em meus solitários pensamentos
Quantos erros nesta engrenagem
Sem pudor, sem amor.

Jeniffer M.