domingo, 3 de abril de 2011

Passo todo dia em frente a uma rua e lembro todo dia de uma noite nessa rua

Era noite mas não fazia frio, pelo contrário, sentíamos calor. As pessoas se divertiam e confraternizavam sem motivo aparente. Era possível ouvir gritos que rasgavam a solidão, mas não pense em gritos agonizantes, eram gritos de liberdade. Casos formavam-se em meio a multidão onde a única regra era SENTIR. Variávamos entre o tudo e o nada, difícil saber se eramos anjos invadindo o inferno ou se eramos demônios festejando no paraíso.
Em meio a tudo isso, o tempo se encarregou de passar e perante tal desafio os grupos foram se dispersando, aliás, estão até hoje. Mas nós eramos fortes no instante em que permanecíamos juntos. As circunstâncias nos arrastaram para uma rua, passamos por lá, conversando e próximos. Nada de mais.
No presente, a rua esta clara e me faz sentir frio. Não sei porque, mas ao passar em frente a essa rua, passo em frente a uma noite feliz do passado onde desconhecíamos nossa própria felicidade. Uma noite seria capaz de fazer-se presente em minha memória por todos os outros dias enquanto eu existir?!

Jeniffer M.

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